quarta-feira, 23 de junho de 2010

Uso porque gosto de usar por que e, sem o por quê da vida não sei porquê existo.


A maior chatice das normas para o uso da língua culta é o tal do porque, porquê, por que e por quê. Assunto discutido entre “intelectuais”, gera grande polêmica e causa muitas dúvidas, além do tédio sem fim. Pretendo unicamente esclarecer que detesto essa regra e não vejo sentido algum em ter que concordar com ela, já que o som produzido pelas quatro formas é o mesmo.
Segundo um Imortal, o uso do “por que” pode ter dois empregos diferenciados: “por qual razão ou por qual motivo” e “pelo qual”, usando flexões do tipo: pela qual, pelos quais, pelas quais. Já o “por quê”, estando antes de um ponto, final, interrogativo, exclamação, deverá estar corretamente acentuado e manterá o significado de “por qual motivo ou por qual razão”.
Até agora não vi diferença alguma, mas vamos lá: o mesmo Imortal afirma que o uso do “porque” é conjunção causal explicativa, com valor próximo de “pois”, “uma vez que” e “para que”. E, finalmente, “porquê” é substantivo, tendo significado de “o motivo” ou “a razão”, estando sempre muito bem acompanhado por um artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
A explicação acima estava uma coisa medonha, não é? Também senti vontade de dormir, relembrando a professora imortal e a velha ditadura da Língua Portuguesa para tupiniquins sem causa e nem calça. Então, façam como eu e usem o “porque”. Com ele você economiza abstração e debates sem sentido, discussões filosóficas ou filológicas.
Usem “porque” e sintam-se livres, leves e soltos. Imortalidade, só para os imortais.


(Foto. Fonte: aletp.com, http://aletp.com/2010/02/10/uso-dos-porques-por-que-por-que-porque-ou-porque)

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